Em 30 anos, serão mais de R$ 300 milhões investidos em saneamento básico
Em 30 anos, Tubarão deverá investir R$ 308.793.096,48 na execução de projetos de saneamento básico na área urbana do município. Pelo menos é o que prevê o plano aprovado pela câmara de vereadores.
Todo o Plano de Saneamento Básico foi feito a partir de um estudo detalhado por uma empresa contratada pela prefeitura. A pesquisa foi realizada durante seis meses e faz um diagnóstico e um prognóstico do que precisa ser melhorado no município no setor.
Também engloba o já criado e executado Plano Municipal de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário. “Tivemos a oportunidade de criar em etapas”, lembra a superintendente jurídica da Agência Reguladora de Saneamento de Tubarão, Letícia Bianchini da Silva.
Hoje, o município não possui nenhum investimento em esgotamento sanitário. “Nosso estado é o segundo pior nesta área”, revela o superintendente técnico da agência reguladora de saneamento de Tubarão, Marcelo Fernandes Matos.
Porém, esta etapa já está resolvida. A Tubarão Saneamento, que assumiu um contrato com a prefeitura em março deste ano, comprometeu-se em investir R$ 228,5 milhões nas próximas três décadas para abastecer toda a área urbana e implantar o sistema de esgotamento.
Entretanto, ainda há as outras partes do plano, como a drenagem da água da chuva e do recolhimento do lixo. E alternativas devem ser encontradas para que se adequem ao plano.
O Plano
A criação do Plano de Saneamento Básico é determinada por uma lei federal de novembro de 2007. Conforme a regra, a partir do próximo ano, apenas as cidades que tiverem os seus planos aprovado vão conseguir recursos para a execução de obras nesta área.
Todo o estudo para o plano de Tubarão foi feito através de uma projeção de crescimento habitacional para os próximos 30 anos. A projeção é que até lá o número de habitantes na Cidade Azul esteja em torno dos 150 mil.
Questão do lixo
Hoje, a taxa paga pelos moradores não atende na totalidade a necessidade da coleta e destinação final do lixo em Tubarão. “Ainda há muito o que ser revisto. Acredito que a melhor alternativa para economizar recursos deva ser a concessão deste serviço, que hoje é realizado pela Retrans”, avalia o superintendente técnico da agência reguladora de saneamento de Tubarão, Marcelo Fernandes Matos.
A previsão para os próximos 30 anos é de que a produção de lixo chegue a 31.753 toneladas ao ano.
Problemas de drenagem na Cidade Azul
Por causa do crescimento desordenado da cidade, muitas casas foram construídas em locais baixos com cotas próximas a do nível mar. O Plano de Saneamento Básico prevê um estudo detalhado de todas as áreas que alagam em épocas de chuva. “O projeto de macrodrenagem na margem esquerda do rio Tubarão ajudará consideravelmente as pessoas que sofrem com o alagamento naquela região”, avalia o superintendente técnico da agência reguladora de saneamento de Tubarão, Marcelo Fernandes Matos.
Marcelo lembra que toda a população deve ser conscientizada e que alternativas para o escoamento da água sejam encontradas. Uma das ideias é que as novas construções tenham uma forma de reutilizar a água da chuva e que existam áreas não concretadas para que a água possa infiltrar na terra.
Fonte: Jornal Notisul